Daniel 8

Prólogo

Para bem se compreender o que nos é comunicado na visão em Daniel 8, necessário se faz, primeiramente, atentar a quatro pontos relevantes na visão, os quais lhe completam todo o sentido, e nos favorece o entendimento, e são eles:

  • Quantas potências a visão contempla.
  • Sua forma peculiar em identificar as potências geograficamente, e sinalizar seu crescimento.
  • Em que tempo a visão é contada e se cumpre na história.
  • E sua conexão (Daniel 8) com Daniel 11/12 e com Apocalipse 12 (no período e nos eventos). 

Por isso, estudaremos um a um desses fatores para absolvermos o máximo da visão. Amém!
Lembrete
Se qualquer desses fatores nos passa desapercebido, sem que o entendamos, certamente que a “nossa visão” quanto a “esta visão” ficará prejudicada, nos impossibilitando vê-la na sua completude.

Daniel 8 e Daniel 11/12 são uma mesma visão; que apenas se vêem por ângulos diferentes e se acompanham de outra maneira; e o Apocalipse 12 é que nos vem revelar o complemento a ambas; dando-lhes continuidade nos eventos desencadeados em Daniel 8; aludidos em Daniel 12 – e por assim dizer, completados no Apocalipse 12, e isso veremos mais adiante. Amém! 

Nota

Em todas as visões proféticas onde se emprega animais e/ou chifres p/ representarem poder/impérios mundiais (Daniel 7 e 8); sempre o “animal” vai representar (em si) um império, como por exemplo: a Grécia; enquanto o “chifre” (ou chifres) reportará unicamente a “um rei” daquele determinado reino/império (animal); e/ou “um reino” (c/ toda a sua linhagem sucessória) no império; mas nunca que um chifre virá representar um império em si.  Ou seja, um chifre passar a representará um animal. 
Não!

O chifre sempre representará um rei ou um reino (ou ainda vários reis em linha sucessória) dentro de um reino (ou de um império); assim sendo, o chifre sempre representará parte num império.

Tanto Daniel 7 quanto Daniel 8 apresentam e representam “os impérios mundiais” por meio de bestas e animais: exemplo: a Grécia em Daniel 7 é um leopardo c/ 4 cabeças; já, a mesma Grécia em Daniel 8, é um bode c/ um chifre notável; Medos-Persas em Daniel 7 é um urso; já em Daniel 8 é um carneiro de 2 chifres.

Mas não há possibilidade, por exemplo, de um animal terrível e espantoso com 10 chifres (e surgindo depois um 11º chifre) que é visto em Daniel 7, passar a representar (em Daniel 8) apenas um chifre mui pequeno: ou seja, o chifre mui pequeno (de Daniel 8) não pode passar a representar (um império): o animal terrível e espantoso c/ 10 chifres (em Daniel 7), no caso, o império romano. Porque ambas as visões seguem a um mesmo parâmetro.

Assim, o chifre se relaciona a rei/reino dentro de determinado império – podendo ser um ou outro, ou ambos.

Também, quando um animal (ou besta) venha apresentar várias cabeças, essas revelam-se respectivamente a reinos (em linha sucessiva, e nunca que essas cabeças virão representar unicamente um rei – como, por exemplo, o chifre notável do bode (em Daniel 8) que representava unicamente o homem, Alexandre, o Grande; o qual, não é visto em Daniel 7 (no leopardo de 4 cabeças); mas é visto em Daniel 8 (no bode c/ um chifre notável) – o qual chifre vem representar unicamente Alexandre Magno.

Assim, nas visões, as cabeças sempre representarão reinos (em linha sucessória; duradoura); já, os chifres, podem ser esses reinos em linha sucessória e duradoura, mas também podem reportar unicamente a um rei (um homem, apenas (com seu reino).

Isso nos mostra que as visões em Daniel 7 e Daniel 8 (c/ o leopardo de 4 cabeças e o bode de 1 chifre, respectivamente) não repassavam-nos informações repetidas e em sentido único; mas o fazem num aspecto diretamente proporcional aos respectivos símbolos (cabeça / chifre) empregados em cada qual.

No leopardo, as 4 cabeças (Daniel 7) vêm demonstrar unicamente que na Grécia se haveriam 4 reinos (ou que a Grécia se repartiria em 4 reinos); já no bode com seu notável 1º chifre (Daniel 8) apenas revelou unicamente o primeiro rei da Grécia (Alexandre Magno), enquanto os 4 chifres do bode (em Daniel 8) a surgirem após quebrado seu 1º chifre, vem representar tanto, os 4 generais (de Alexandre) que dividem seu vasto reino, quanto os 4 reinos que deles se derivam.

Por que digo isso?
– Porque em Daniel 8 se verifica primeiramente que o bode – possuía um notável chifre entre os olhos (alusão exclusiva a Alexandre Magno – primeiro rei grego); e, após quebrado esse chifre notável (Alexandre) na sua maior força, então surgem-se outros 4 chifres – para os 4 ventos.

Já, Daniel 7, o leopardo c/ 4 cabeças, apenas revelava a Grécia tendo a divisão em 4 reinos; e não se faz alusão alguma ao primeiro rei grego (Alexandre) equivalente ao 1º chifre do bode (em Daniel 8).

Na visão (de Daniel 7) o leopardo de 4 cabeças só revela os 4 reinos da Grécia. Eis algumas regras gerais que se verificam nas visões de Daniel. Há também outros aspectos nas visões que podemos discerni-los, como alude um outro estudo: a besta de 7 cabeças e 10 chifres.

O primeiro fator a ser observado em Daniel 8:

1. Quantas potências a visão anuncia?

Embora pareça de pouca importância, mas a visão de Daniel 8 é seletiva na sua abordagem, e apresenta apenas 3 potências em toda a sua narrativa. E, essas três potências são representadas por animais e chifres.

O primeiro império na visão é representado pelo “carneiro de dois chifres”; o segundo império (potência) é representado pelo “bode com um chifre notável”; e a terceira e última potência (na visão) é “um chifre mui pequeno” ou “ponta mui pequena” (a qual também se remete a um poder mundial) porquanto a visão se refere a isso, ou seja: poderes, forças mundiais, impérios, reis (reinos).

O “carneiro de dois chifres” é o império Medo-Persa (Daniel 8:1-4); dois países (dois povos): medos e persas, a formarem um único império, apesar de serem dois reis; mas eram unidos. 

O “bode c/ um chifre notável” representa o império Grego (Daniel 8:5-8). E, o primeiro (e notável) chifre (do bode) representou unicamente o homem: Alexandre Magno – primeiro rei do império grego: que aliás, é quem obtém todas as grandiosas conquistas no mundo conhecido para a Grécia. Após a morte de Alexandre, seu vasto império se divide em quatro partes entre 4 de seus generais; e quatro reinos gregos emergem do reino de Alexandre, para norte, sul, leste, oeste. 

E, a “ponta” ou “chifre mui pequeno” – a qual, vem representar também um homem, um rei – da mesma forma que o chifre notável do bode (em Daniel 8) tenha representado unicamente o homem: Alexandre, o Grande (primeiro rei grego). Assim, o chifre mui pequeno (em Daniel 8) também representa primeiramente um homem (um rei), e também um poder e reino; porquanto todo rei possui seu reino – e esse chifre mui pequeno tornar-se-á grande, e surgirá de uma das 4 partes nas quais se dividira o império grego de Alexandre. (Dan. 8:9-14) 

Então: 3 potências no todo!

Segundo fator a se observar nas 3 potências:

Localização, Comportamento e Crescimento

 A visão – a primeira potência em sua região geográfica: Média e Pérsia

Daniel 8:1-4 
No tempo da Babilônia, no ano 3º do rei Belsazar – o profeta Daniel (um judeu cativo na Babilônia) teve uma visão profética acerca de impérios e potências mundiais; e, na visão, ele se viu estar na cidadela de Susã (província de Elão) diante de um rio. 

E Daniel via diante do rio Ulai (Média/Pérsia) um feroz carneiro de 2 chifres grandes, um dos quais era mais alto, e esse subia por último. E viu que o carneiro dava marradas a ocidente, ao norte e a sul; e não havia animal que pudesse resistir ao carneiro.

O carneiro c/ 2 chifres representava o império Medo-Persa e suas marradas a ocidente, norte e sul – demonstravam certo crescimento do império (Medo-Persa) nessas 3 direções: norte, sul e ocidente. Babilônia e Israel ficavam exatamente a ocidente da Média/Pérsia.

Nota:
A visão começa por identificar a região geográfica “cidadela de Susã”, que se situava na Média; esse ponto já indicava essa região, como a futura a elevar-se império mundial pós Babilônia – pois Daniel 8 identifica suas potências na sua região geográfica.
Esses são os detalhes (em Daniel 8) quanto à primeira potência abordada: Medos e Persas e seu comportamento e crescimento.
E, os poucos detalhes apresentados aqui, nos serão preciosos para mensurarmos, em futuro, os eventos desencadeados na mesma visão, à medida que adentramos na continuidade e compreensão da mesma; aguardemos.

Média e Pérsia antes de elevar-se a um império mundial as setas ao norte, sul e ocidente mostra a direção às “marradas” do carneiro.

Média e Pérsia antes de elevar-se a um império mundial
as setas ao norte, sul e ocidente mostra a direção às “marradas” do carneiro.

Império Medo-Persa

Império Persa (abaixo) após conquistar Babilônia, Israel e Egito
e, após crescer a ocidente, norte e sul:

Mapa do Império Persa

 Segunda potência na visão: Grécia

Daniel 8:4-8 

Estando Daniel a considerar o carneiro, eis que vinha um bode, do ocidente, por toda a terra, mas sem tocar o chão; e o bode tinha um chifre notável entre os olhos; e dirigiu-se contra o carneiro no ímpeto de sua força e quebrou-lhe ambos os chifres, e o lançou por terra e o pisou a pés. 

E o bode engrandeceu-se sobremaneira, mas, estando na sua maior força, aquele notável chifre é quebrado; e em seu lugar sobem quatro chifres, também insignes, para os quatro ventos do céu. (Daniel 8:5-8) 

O bode representa o império Grego; o primeiro e notável chifre foi Alexandre, o Grande; que vence os persas em batalha e conquista todo o seu domínio, e Egito, chegando-se até a Índia.
“Do ocidente” (donde vinha o “bode”) significa que tal potência (Grécia) se localizava a ocidente do império Medo-Persa.

E, “vindo por toda a terra, mas sem tocar o chão” demonstra a extrema rapidez com que Alexandre obteria suas conquistas (em apenas dez anos ele conquistaria da Macedônia à Índia); e, o “ter sido quebrado na sua maior força”, mostra a morte de Alexandre bem no seu auge, mas também repentina. 

E, os “4 chifres que se levantam em seu lugar” aponta a divisão do império grego em 4 porções; e 4 reinos emanam-se da mesma nação, não com a mesma força. E “os 4 ventos” sinalizam as 4 direções (norte, sul, leste e oeste) nas quais o império cresceria.

Extensão do Império conquistado por Alexandre

Mapa do Império Grego

Alexandre, vem do ocidente (em relação a Pérsia) conquistando todo o domínio Persa, e c/ sua morte, seu vasto império é dividido em 4 partes, as quais crescem ao norte, sul, leste e oeste. 

Divisão do império grego em 4 reinos 

Império Grego dividido

3ª potência na geografia mundial: a ponta mui pequena

Diz a profecia: Daniel 8:9
“E de uma delas saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa.” 

Aqui se necessita uma observação:
Quando na profecia é dito: “E de uma delas saiu um chifre mui pequeno” o enfoque aqui é geográfico, é da região (de uma delas); e não, do período cronológico e do tempo grego.

Então, “de uma delas”, ou seja, de uma das 4 partes da divisão grega saiu um chifre mui pequeno.
Um “chifre mui pequeno”: um homem; um alguém, um rei (não um império), e também um reino (porque a um rei se requer um reino); e que também se elevará a poder mundial – e, de mui pequena ponta (que seja – por ser um homem) há de crescer-se muito (ao sul e oriente e à terra formosa) também aqui é na geografia: pela influência, e pelo poder.

E cabe-se outro enfoque: nenhum dos impérios anteriores da visão (o carneiro e o bode) sequer se menciona um crescimento; no primeiro (o carneiro) é dito que este dava marradas a norte, e sul e ocidente; ou seja, não se diz do império “crescer” (apenas passa a idéia, dizendo que o carneiro dava marradas); tampouco é utilizado o advérbio de intensidade “muito”…

A segunda potência na visão (o bode: império grego) diz-se que ele vinha do ocidente contra o carneiro, quebrando-lhe os chifres, derrubando-o por terra e o pisando a pés; e (esse bode) engrandece-se sobremaneira, mas estando na sua maior força, seu primeiro chifre é quebrado, e em lugar deste sobem outros quatro chifres para os quatro ventos. Ou seja, tampouco emprega-se o verbo “crescer” para dimensionar seu comportamento geográfico, e aumento em poderio.

A visão não menciona diretamente o crescimento ao império grego nas quatro direções: norte, sul, leste e oeste. Ela apenas o dá a entender, dizendo: Surgiram-se quatro outros chifres para os quatro ventos.

Mas, e a ponta mui pequena?
Essa (que se inicia apenas) com: um chifre mui pequeno, ao surgir-se (de uma das 4 partes da divisão grega) CRESCERÁ MUITO ao sul e a oriente e à TERRA FORMOSA (Jerusalém/Israel) – diz a visão.
Então, não nos esqueçamos: nada disso se diz das duas potências anteriores.  

E não é só isso: a ponta mui pequena após crescer muito (numa horizontal) para o sul, oriente e terra formosa; também se engrandecerá ao exército do céu (a ponto de) alguns do exército e das estrelas deitar por terra e os pisar; e se engrandece ao Príncipe do exército – porque essa é uma das características da visão em Daniel 8: os poderes e impérios cobertos por ela, além de focalizados na sua geografia, são acompanhados em seus feitos, demonstrando seu crescimento (sempre na horizontal), e também os acompanha no seu engrandecimento (se houver) até numa vertical (até o céu)!

Abaixo nos deteremos mais especificamente quanto a este ENGRANDECER.

Então, a ponta mui pequena surge-se, de uma das 4 partes do império grego dividido, e crescerá muito para o sul, e oriente e para a terra formosa: Israel, Jerusalém. (Dan. 8:9) 
E também se engrandecerá (não como Alexandre Magno se engrandeceu (pois não se engrandece até o céu, mas, até ser quebrado, ou seja, morto na sua maior força); ao contrário, a ponta mui pequena se engrandecerá até o exército do céu, a ponto de, alguns do exército e das estrelas deitar por terra e os pisar. 

E engrandeceu-se até o Príncipe do exército, e por ele é tirado o contínuo sacrifício e o lugar do seu santuário é lançado por terra.  Mais abaixo nos aprofundaremos neste engrandecer-se.  

Agora cabe notar alguns princípios que nos possibilitam interpretar as visões de Daniel 7 e 8: os animais (bestas) tanto em Daniel 7 quanto Daniel 8 representam o império em si (cada animal representando um império), enquanto os chifres representem reis (e reinos); ou ainda toda uma linhagem sucessiva no império; o chifre pode ser somente um rei: isso se ocorre no Bode de 1 chifre (o animal era o império grego) e o primeiro chifre notável (foi apenas o primeiro rei grego, Alexandre Magno); já os demais chifres (do mesmo bode) representaram tanto os 4 generais de Alexandre (4 reis) que dividem o seu império, quanto também seus respectivos reinos (quatro reinos) c/ toda a linhagem sucessória. 

Já o carneiro de dois chifres (o animal representava o império em si. Enquanto os dois chifres (do carneiro) representavam o reino Medo e o reino Persa c/ toda a linhagem sucessória.
Assim também, a ponta mui pequena (chifre mui pequeno) não pode representar um império propriamente (pois não é um animal); mas sim um homem (um rei) e seu reino (no império vigente de sua época).

Por exemplo, em Apocalipse se usa desse mesmo princípio: a Besta (em si) c/ 7 cabeças representa o império mundial; enquanto cada cabeça da besta se relacione a um império mundial; porque houveram vários (7 ao todo) e os 10 chifres é dito que são 10 reis, que ainda não receberam o reino, mas que o recebem, por uma hora, juntamente com a besta e lhe entregarão o reino. (Apc. 17:12-13) 

Então, isso é só para nos excitar a compreensão sobre o que poderia ser esta “ponta mui pequena” da visão, conforme os princípios na própria visão e conforme as demais visões proféticas (tanto Daniel quanto Apocalipse) os quais se utilizam de animais e/ou bestas (com chifre ou não) para representarem impérios.
Porque embora a ponta mui pequena possa representar também um reino – porque um rei deve possuir um reino; mas também e primeiramente ela representa um homem, um rei, a saber, o anticristo – cujo reino, será terrível, tenebroso, se engrandecendo até o céu; conforme vemos muitas profecias a nos alertar: Apocalipse 13:5-18.

Terceiro fator a observar:

3. Em que tempo a visão é contada, e suas potências se cumprem na história?

 Esse é outro fator sobremodo importante: o tempo da visão; ou seja, em que período da história as potências e impérios contemplados na visão se cumprem? A visão abrange história de modo geral? 

– Não! 
Não abrange!

Reparemos o gráfico abaixo:
Ele mostra como Dniael 8 e Daniel 9 se cumprem em paralelo na história.

Gráfico: um paralelo entre Daniel 8 e 9

Ou seja:
Geograficamente a ponta mui pequena se liga ao império grego e seu território – em época; mas, seu seu levante (surgimento) se dá no fim dos tempos, justamente no período (de 7 anos) da 70ª e última semana da profecia de Daniel 9 – quando se iniciar. Ou seja, a ponta mui pequena tem um período máximo de 7 anos.

Daniel 8 é uma visão profética dos poderes e potências mundiais na história: os impérios. Mas não durante toda a história (a contar da Babilônia como se ocorre a Daniel 2 e Daniel 7); porque é uma visão seletiva, paralela às 70 semanas de Daniel 9 (e totalmente subordinada a seu período profético e histórico); cobrindo rigorosa e seletivamente apenas os impérios (e poderes) a se erguerem no cenário mundial durante o respectivo período de contagem das 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus.

Por isso envolve unicamente os impérios mundiais de Medos-Persas e Grécia – os quais se cumpriram (elevando-se, mantendo-se e também declinando-se) durante o respectivo período de contagem das primeiras 7 semanas e 62 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus, a partir da ordem da restauração da cidade – até o Messias – ordem emitida pelo rei da Pérsia, Ciro (no seu 1º ano de reinado).

E Ciro é quem também libertaria os judeus do cativeiro babilônico, e ordena-lhes o regresso à pátria, e à Jerusalém, a fim de se edificarem (a mando do Senhor) tanto o templo, quanto a cidade: aqui se iniciam as 70 semanas (e aqui também se inicia a visão de Daniel 8 – para cobrir suas potências); época quando o império medo-persa se eleva a potência mundial (após conquistar Babilônia); 

por isso mesmo a visão contempla-os – porque o império medo-persa teve início conjunto à contagem histórica das 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus, ou seja, o império nasce em mesmo ano da contagem profética – pois a visão aborda unicamente as potências mundiais dentro desse período.

O mesmo se dá também ao império grego, e à ponta mui pequena (da qual trataremos mais tarde).

Assim, as 3 potências contempladas na visão (em Daniel 8) se cumprem estritamente dentro do período profético e histórico das 70 semanas em seus EXATOS 490 anos de história – sendo que, dois impérios mundiais (Medos-Persas e Grécia) se cumprem durante as primeiras 7 semanas e 62 semanas (na saída da ordem p/ restaurar e edificar Jerusalém – até o Messias) e a ponta mui pequena – última potência da visão – cujo reino não ultrapassa a 7 anos (e se cumpre dentro da 70ª e última semana determinada sobre Jerusalém e os judeus). 

Em suma, é uma visão paralela a Daniel 9; tendo como divergência (uma da outra) apenas o foco de abordagem: e, enquanto Daniel 9 retrata a história dos 490 anos (ou 70 semanas de anos) com o foco aos principais eventos que dar-se-iam em Jerusalém durante as 70 semanas de anos.

Já, Daniel 8, que cobre tão somente esse respectivo período, mas focando-se aos eventos mundiais: ou seja, as forças e poderes mundiais: os impérios e poderes a se erguerem em tal período.

É por isso, que a visão embora ocorrida ainda no período Babilônico (ano 3º do rei Belsazar), mas não o visualiza, não menciona Babilônia, nem mesmo a invasão Medo-Persa sobre a Babilônia; e, vê o (vindouro) império Medo-Persa (apenas se a erguer; sem vê-lo guerrear contra a própria Babilônia – potência presente (e anterior aos medos-persas); sendo que a visão antecede à invasão Medo-Persa contra Babilônia).

E a visão (que se inicia pelos Medos-Persas) passa depois à Grécia (mas, retrata a guerra Grego-Persa, e retrata a vitória Grega contra os persas). Mas ignora completamente tanto a Babilônia, quanto a guerra e vitória Medo-Persa contra os caldeus (ou seja, contra Babilônia) – porque a VISÃO não vê império algum (e poder) senão aqueles a se cumprirem no período profético e histórico das 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus.

E apresenta características próprias tanto de Medos-Persas quanto da Grécia. E, após detalhar a divisão Grega em 4 partes aos 4 ventos (pontos cardeais), se detém na divisão grega, não indo mais além disso (e não visualiza Roma).

E, após Grécia, realiza um verdadeiro salto no tempo e na história para descrever unicamente outra potência mundial – dentro da visão: a ponta mui pequena – a qual se levanta – geograficamente – da região outrora grega (mas não durante o império grego nem de imediato a ele) porque a ponta mui pequena perdura-se por apenas 7 anos, e governará o mundo durante a última semana de anos da profecia: a 70ª semana (Daniel 9). 

Porque é uma visão seletiva, e subordinada às 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus – e só se interage no seu respectivo período de abordagem, obedecendo-se as seguintes divisões: 7 semanas e 62 semanas – até o Messias – e depois mo período de 1 semana (de anos da profecia) a 70ª semana, em seus respectivos 7 anos de vigência.

É como se a visão “despertasse” em época de Medos e Persas – e, após a guerra medo-persa contra Babilônia (vendo-o apenas a levantar-se, sem guerrear), e passasse a Grécia; destacando os fatos principais de ambos; e demarcando ambos impérios e seus territórios, e “dormitasse” em fim do período grego (não vendo nada do império romano – por não cobrir seu período histórico e profético), e “despertasse” novamente ao surgir-se a ponta mui pequena (já em plena 70ª semana da profecia) “despertando” em sua época. 

E, conforme os moldes da visão (em Daniel 8), também registrasse (como ocorrera às demais potências abordadas: Média e Pérsia e Grécia) de onde, geograficamente a potência (ponta mui pequena) se originaria (c/ relação aos impérios abordados na visão, no caso Grécia – último império abordado). Porque a visão não acompanha a história integral, não acompanhando Babilônia, nem Roma; mas Medos e Persas sim, e Grécia também – por isso a informação se deriva deles.

Embora o Messias (Cristo) nascesse, e fosse crucificado já sob o poder de Roma, contudo se era apenas início do levante de Roma; e a visão limita-se ao império grego e sua divisão em 4 partes (não mencionando nem acompanhando o império romano); realizando um SALTO no TEMPO e na HISTÓRIA – passando do império grego (no tempo limite das 62 semanas) para a 70ª e última semana da profecia (em seus 7 anos de vigência) acompanhando precisamente a última potência a se levantar nesse período – nesse mundo: a ponta mui pequena.

A qual, não se interliga (ao império grego e seu período) através do tempo cronológico natural; mas, está ligada a ele e a seu território (pela cronologia histórica das 70 semanas e com a última região geográfica contemplada na visão, a região grega).

Por isso, do império grego (no tempo profético e cronológico das 7 semanas e 62 semanas) passa à 70ª semana da profecia (1 semana faltante) em seus respectivos 7 anos, a qual não fora contabilizada nem cumprida (em época do Messias); pois a cidade e o santuário são destruídos (depois das 62 semanas) sem que se mencionasse a 70ª semana computando seu período e o que se ocorreria nele. (Dan. 9:26)

Daniel 8 dedica ⅔ do capítulo só para elucidação de sua 3ª potência: a ponta mui pequena, aquela que, pela visão, pareça levantar-se “de uma delas”; ou seja, de uma das 4 partes na qual se dividira (e desenvolvera) o império Grego (pós morte de Alexandre); quando seu vasto império divide-se em 4 reinos (por 4 de seus generais), e seguia-se aos 4 ventos.

Nota

Roma não é abordada na visão, porquanto governa num período extra, fora das 70 semanas determinadas, entre o seu intervalo profético; ou seja, governa depois do Messias (e a visão só aborda impérios a desde a ordem da edificação de Jerusalém – até o Messias) quando a contagem das 70 semanas se iniciava, interrompendo-se a término da 69ª semana profética, quando o Messias é cortado, em Jerusalém. 

Assim pois, a visão se detém numa janela profética de eventos ocorridos dentro de 490 anos de história – contemplando exclusivamente impérios e potências (de início ao fim, e nunca parcialmente, como seria o caso de Roma, que (na época de Cristo) apenas iniciava o levante) e ainda estava longe de atingir o domínio territorial atingido pelos gregos, sobrepondo-o.

O mesmo se sucede também à Babilônia – porque, se Roma governa depois do Messias; Babilônia governou antes do início da contagem das 70 semanas – por isso, ambas são ignoradas na visão em Daniel 8. Até mesmo a invasão medo-persa sobre a Babilônia é ignorada, aliás, a invasão medo-persa na Babilônia se dá antes da saída da ordem de se restaurar Jerusalém.
Agora que isto pôde estar esclarecido, passemos adiante.

Antíoco Epifânio - e o império grego dividido

Antes, porém, precisamos verificar certa probabilidade histórica: a de se interpretar a ponta mui pequena em Antíoco Epifânio. 

Antíoco IV Epífânio foi um rei da Dinastia Selêucida que governara a Síria entre 175 e 164 a.C. Era o terceiro filho do rei Antíoco III Magno, e irmão de Seleuco IV, após a derrota do seu pai pelos Romanos na Batalha de Magnésia (189 a.C.), viveu 14 anos como refém em Roma, antes de se tornar rei com o acordo do Senado romano.

Entre 171 a.C. e 168 a.C., esteve envolvido na sexta Guerra da Síria contra o Egito, na qual derrotou os reis Ptolomeu VI e Ptolomeu VIII. O seu objetivo era cercar Alexandria, mas foi forçado a recuar por Roma.

Após este episódio, Antíoco centra sua atenção na Judeia, que procurou helenizar. Durante o reinado do seu pai tinha sido concedida ampla autonomia aos judeus, que se encontravam divididos em dois partidos, um dito “piedoso” e outro que favorecia a helenização. 

Por razões financeiras, Antíoco apoiou este último partido e permitiu ao sumo sacerdote, Jasão, a construção de um “gymnasium” (instituição para educação de jovens de acordo com os modelos da cultura grega) em Jerusalém. Em 172 a.C. Antíoco aceitou o suborno de Menelau, nomeando-o para o cargo de sumo sacerdote, no lugar de Jasão. (Dados da história)

Reinos Gregos pós Alexandre - Daniel 8

Vemos no mapa acima (parte amarela) onde Antíoco IV Epífânio (da Dinastia Selêucida) governa a Síria entre 175 e 164 a.C..

Ele, ao levantar-se (na parte do império que já ficava a oriente) não preenche quase nada da profecia quanto a ponta mui pequena; a qual (na visão) CRESCE MUITO ao sul, a oriente e à terra formosa; conforme diz:
“E de uma delas saiu um ponta mui pequena a qual cresceu muito para o oriente, e para o sul e para a terra formosa.” (Dan. 8:9)

Antíoco Epifânio alcança a terra formosa (Jerusalém), mas não cresce muito (ao sul e ao oriente como a visão aponta); na verdade, ele não cresce nada (nem ao sul nem a oriente); e sua influência e governabilidade manteria-se como tal era, como recebera: não conseguindo sequer conquistar o Egito (que estava a sul), embora vencesse Ptolomeu VI e Ptolomeu VIII, mas não conquista o Egito, tampouco cresce alguma coisa ao oriente; e seu reino manteria-se como tal era, exceto que domina a terra formosa, Israel.

É necessário destacar que Daniel 8 tem prioridade única entre as profecias de, não só apontar geograficamente de onde suas potências emergem, como também nortear a direção e o crescimento destas – em cada potência abordada; e, conforme a visão, a ponta mui pequena (além de surgir-se geograficamente de uma das quatro partes do império grego dividido) também deve CRESCER MUITO ao sul e a oriente, e à terra formosa.

Fatos cumpridos pela metade (ou ⅓ apenas) em Epifânio. Com relação a Epifânio, o único fato coincidente à profecia é seu alcance à Terra Formosa; mas, nenhuma profecia da Escritura tem (ou há de ter) o cumprimento parcial apenas (ou pela metade); a profecia é verdadeira e se cumprirá integralmente como fora anunciada! Amém!

E (na visão) a ponta mui pequena após crescer (numa horizontal) a oriente e sul e terra formosa, deve também se engrandecer ao exército do céu, ao Príncipe do exército, e por ela ser tirado o contínuo sacrifício e o lugar do seu santuário lançado por terra.

O exército e o santuário lhe são entregues por causa da transgressão; e deitou por terra a verdade, fez isso e prosperou. E haverá 2300 tardes e manhãs de sacrifício contínuo e de transgressão assoladora, após as quais, o santuário é purificado.

Fatos também cumpridos em Epifânio parcialmente; porque ele foi extremamente nocivo aos judeus, retirando-lhes o sacrifício contínuo, profanando o santuário; e até oferecendo sacrifícios c/ animais impuros no templo; mas não se engrandece ao exército do céu (conforme a visão aponta); não se engrandece ao Príncipe do exército (e não requer para si qualquer adoração ou título divino); senão que apenas retira o contínuo sacrifício, profanando o santuário.

Portanto, nele também não se cumpre a abominação desoladora (a qual, conforme a visão, deveria retirar o contínuo sacrifício, profanando o santuário) mas também se engrandeceria ao céu e ao Príncipe do exército.

Então temos:
Primeiro fator: somente três potências abordadas!
Segundo fator: todas são identificadas pela geografia e acompanhadas nos feitos!Terceiro fator: É uma visão seletiva; não menciona Babilônia nem Roma. Mas unicamente potências que cumprem durante as 70 semanas (ou seja, durante as 7 semanas e 62 semanas e 1 semana).

E agora o quarto fator a se levar em conta:

4. A conexão entre Daniel 8 e Daniel 11/12 e o Apocalipse 12

A visão de Daniel 8 apresenta os impérios Medos-Persas e Grécia, e a ponta mui pequena com animais e chifres.
Daniel 11 mostra também (sem desvio de propósito) tão somente o mesmo que é mostrado por Daniel 8), ou seja, as mesmas potências (que em Daniel 8 são representadas por um carneiro, um bode e uma ponta mui pequena) mas Daniel 11 não as apresenta em forma de animais e chifres; senão através dos reis persas (império medo-persa), reis gregos (império grego); e rei do sul e rei do norte (esse último) de onde se deriva a ponta mui pequena.

Ou seja, se em Daniel 8, a ponta mui pequena surgia (geograficamente) de uma das 4 partes da divisão grega.
Em Daniel 11 (que não se utiliza animais nem chifres, grandes ou pequenos); mas Daniel 11 é Daniel 8 contado doutra maneira, através de reis (e isso é bem importante a entender).

E Daniel 11 se inicia com os Medo-Persas (igual Daniel 8) e conta quantos reis a Pérsia ainda teria depois de Ciro (porque a visão se ocorre no 3º ano de Ciro: Dan. 10:1); e diz qual seria o rei persa após Ciro (o 4º rei após Ciro) o qual suscitaria todos contra o reino da Grécia. (Dan. 11:1-2) E a visão preanuncia a vitória Grega (após o 4º rei persa suscitar a todos contra o reino grego), e prevê ainda o levante do primeiro rei grego: Alexandre Magno – quando diz: 

“Depois se levantará um rei valente, que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprouver.” (Dan. 11:3)
Esse valente rei foi Alexandre Magno – primeiro rei grego; e, estando esse em pé, o seu reino será quebrado, e repartido aos quatro ventos do céu; mas não para a sua posteridade, nem tampouco segundo o domínio com que reinou, porque o seu reino será arrancado, e passará a outros que não eles (ou
seja, que não sua posteridade). (Dan. 11:4)

Até aqui (Daniel 11:4), a visão fala bem resumidamente dos dois únicos impérios (Medos-Persas e Grécia) contemplados pela visão (tal qual Daniel 8), e a visão pára no império grego, saltando-se dele a um futuro distante (do império grego) para mostrar (não através da região geográfica como Daniel 8), mas por determinada linhagem de reinos: “reino do norte” que é de onde a ponta mui pequena (de Daniel 8) deve-se originar.

E, a ponta mui pequena (chifre mui pequeno em Daniel 8) aqui (em Daniel 11) é apenas um homem vil; um rei, do reino do norte; que virá caladamente e tomará o reino com engano, conforme diz:
“Depois se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente, e tomará o reino com engano.” (Dan. 11:21)

E, esse homem vil (Daniel 11:21) é quem terá (em Daniel 11:28) seu coração contra o santo concerto e fará o que lhe aprouver. E é quem (em Daniel 11:30) voltará, se indignando contra o santo concerto, e fará o que lhe aprouver; e voltará e atenderá aos que tiverem abandonado o santo concerto

Até por fim (em Daniel 11:31) profanar o santuário retirando o contínuo sacrifício e estabelecendo a abominação desoladora“E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora.” (Dan. 11:31)

(Bom, aqui ele quebra o Santo Concerto e profana o santuário e a fortaleza, tirando o sacrifício contínuo, estabelecendo a abominação desoladora)

Então irmãos (eis na visão de Daniel 11) a PONTA MUI PEQUENA (de Daniel 8); um homem; um homem vil (e doravante um rei) a quem não tinham dado a dignidade real, mas que virá caladamente e tomará o reino com engano (reino do norte).

“E com os braços de uma inundação serão varridos de diante dele; e serão quebrantados, como também o príncipe do concerto.”  (Dan. 11:22)
“E, depois do concerto com ele, usará de engano; e subirá, e se tornará forte com pouca gente.” (Dan. 11:23) 

(eis o porquê de a ponta mui pequena (chifre mui pequeno) ser intitulado “uma ponta mui pequena”; porque além de ser apenas um homem (que tornar-se-á rei, líder) mas primeiramente é um homem, e sem exército a segui-lo (como houve a Alexandre, o Grande); e a quem não tinham dado a dignidade real, mas que viria e tomaria o reino com engano.

E com braços de uma inundação serão arrancados de diante dele e serão quebrantados como também o príncipe do concerto. 

Então diz:  
“E, depois do concerto com ele, usará de engano; e subirá, e se tornará forte com pouca gente.” (Dan. 11:23)
Então: além de ser somente um homem, solitário; usará de engano, e subirá, e se fortalecerá com pouca gente.

Bom até aqui acompanhamos um pouco a visão em Daniel 11 – só para checar sua conexão c/ Daniel 8 – quanto a ponta mui pequena (Dan. 8:9-14) da qual se diz assim:

Daniel 8:9-12
E de uma delas saiu uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa. E se engrandeceu até ao exército dos céus; e a alguns do exército e das estrelas deitou por terra e os pisou. E se engrandeceu até ao príncipe do exército; e por ele foi tirado o contínuo sacrifício, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. E o exército lhe foi entregue, com o sacrifício contínuo, por causa das transgressões; e lançou a verdade por terra; fez isso e prosperou. (tradução Almeida Revista e Corrigida)

Nos interessa por agora somente tais partes:
Se engrandeceu até contra o exército do céu;
E a alguns do exército e das estrelas deitou por terra e os pisou;

E se engrandeceu até ao príncipe do exército; e por ele foi tirado o contínuo sacrifício, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. E o exército lhe foi entregue, com o sacrifício contínuo, por causa das transgressões; e lançou a verdade por terra; fez isso e prosperou.Vemos toda esta descrição a ser realizada pela ponta mui pequena (de Daniel 8): 

ENGRANDECENDO-SE ATÉ O EXÉRCITO DO CÉU e a alguns do exército e das estrelas deitando por terra e os pisando.

E engrandecendo-se até o Príncipe do exército, e E POR ELE sendo TIRADO O CONTÍNUO SACRIFÍCIO e o lugar do seu santuário sendo lançado por terra. E o exército e o santuário lhe sendo entregues – por causa da transgressão – e lançou a verdade por terra e o fez e prosperou. (Dan. 8:10-12)

Por favor, notemos: a PONTA MUI PEQUENA após engrandecer-se ao exército do céu, e a alguns do exército e das estrelas deitar por terra e os pisar; se engrandece também até o Príncipe do exército; por ele é tirado o contínuo sacrifício e o lugar do seu santuário é lançado por terra (o exercito e o santuário lhes são entregues por causa da transgressão, e lança por terra a verdade, faz isso e prospera; e depois haverá 2300 tardes e manhas – nas quais se haverá o sacrifício contínuo e a transgressão assoladora.

Vejamos agora os mesmos fatos mostrados na visão de Daniel 11 (a qual é uma narrativa dos mesmos eventos apresentados na visão de Daniel 8) porem, de uma outra forma:

Diz Daniel 11:31:
“E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora.

Ou seja, aqui é mostrado (a ponta mui pequena de Daniel 8) como um homem vil, um rei: rei do norte) que se levanta com pouca gente, e tem o seu coração contra o santo concerto, até retirar o contínuo sacrifício estabelecendo a abominação desoladora. (eis a conexão de Daniel 8 c/ Daniel 11).

E  Daniel 11 segue mostrando (desde o verso 31) na retirada do contínuo sacrifício até o final do capítulo, bem mais detalhes sobre os feitos desse homem vil (que é exatamente a PONTA MUI PEQUENA de Daniel 8), a qual virá caladamente e tomará o reino com engano (Daniel 11:21); até que o mesmo, retire o contínuo sacrifício (Daniel 11:31) que não passa de ser o mesmo feito relacionado à ponta mui pequena (Daniel 8:11) a qual há de retirar o contínuo sacrifício para estabelecer a ABOMINAÇÃO DESOLADORA (aludida tanto em Daniel 8:11 quanto Daniel 11:31)

Porque DANIEL 11 é uma outra explicação, outra narrativa de DANIEL 8 – e é a própria profecia (demonstrado tão somente noutra forma), não através de animais e chifres, senão por reis, por homens… e ainda com acréscimos nas informações – porque além de ser uma visão a dizer o mesmo, também complementa, insere detalhes e aprofunda a outra, amém!

E, sobre alguns outros eventos de Daniel 8 (quanto a ponta mui pequena) a ENGRANDECER-SE ATÉ O EXÉRCITO DO CÉU, e a alguns do exército e das estrelas deitando por terra e os pisando; SE ENGRANDECENDO AO PRÍNCIPE DO EXÉRCITO e por ele sendo tirado o CONTÍNUO SACRIFÍCIO e o lugar do seu SANTUÁRIO lançado por terra.

Vejamos isso também mostrado em Daniel 11 e 12:
Reparemos o engrandecimento DA PONTA MUI PEQUENA (de Daniel 8) até o EXÉRCITO DO CÉU, e o deitar por terra alguns do exército e das estrelas e os pisando a pés; e engrandecendo-se até o Príncipe do exército (e o contínuo sacrifício sendo tirado por ele …)

Isso também é devidamente APONTADO em Daniel 11 – mais precisamente no capítulo 12 (que é continuidade ao capítulo 11)

Diz Daniel 12:1
“E NAQUELE tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.”

Atentemos ao que diz o verso:
“NAQUELE TEMPO”… – que tempo?
– Naquele tempo quando será tirado o CONTÍNUO SACRIFÍCIO e estabelecida a abominação desoladora.

Então: NAQUELE TEMPO (da abominação desoladora) se levantará MIGUEL, o grande príncipe, que se levanta que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, QUAL NUNCA HOUVE, DESDE QUE HOUVE NAÇÃO ATÉ ÀQUELE TEMPO; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro.

Ora, é no tempo da abominação desoladora QUE SE LEVANTARÁ MIGUEL, o grande príncipe, e HAVERÁ UM TEMPO DE ANGUSTIA QUAL NUNCA HOUVE DESDE QUE HOUVE NAÇÃO ATÉ AQUELE TEMPO.

Ou seja, Miguel se levanta bem no tempo da abominação desoladora (da ponta mui pequena) quando ela se engrandece ATÉ O EXÉRCITO DO CÉU, e a alguns do exército e das estrelas deita por terra e os pisa – e quando a mesma retira o contínuo sacrifício – e NESSE TEMPO é que haverá tempo de angústia qual nunca houve desde que houve nação até aquele tempo.

Tempo esse, que Cristo alerta em Mateus 24:15 quando diz para fugirmos ao deserto, ao vermos no lugar santo, a abominação desoladora, falada por profeta Daniel, da qual Cristo diz: “quem lê entenda”.

Então, cabem aqui algumas reflexões:
O que tem a ver o levante de Miguel (naquele tempo – da transgressão assoladora – Daniel 11/12) com UM TEMPO DE ANGUSTIA QUAL NUNCA HOUVE DESDE QUE HOUVE NAÇÃO ATÉ AQUELE TEMPO?

E qual a ligação entre seu LEVANTE e o TEMPO DE ANGUSTIA QUAL NUNCA HOUVE DESDE QUE HOUVE NAÇÃO?
Acaso Miguel se levantaria contra nós?
– Não!

É porque Miguel se LEVANTA (naquele tempo – Daniel 12:1) exatamente em contraposição ao ENGRANDECER-SE da PONTA MUI PEQUENA (de Daniel 8) até o exército do céu, e o seu derrubar por terra alguns do exército e das estrelas.

É por isso que o levante de Miguel está ligado ao TEMPO DE ANGÚSTIA QUAL NUNCA HOUVE.
Pois é nesse tempo que a ponta mui pequena se engrandece.

E a PONTA MUI PEQUENA SE ENGRANDECERÁ (ATÉ O EXÉRCITO DO CÉU) e se engrandecerá REALMENTE; de verdade, literalmente; é tão literal, e verdadeiro que resultará em BATALHA NO CÉU (Apocalipse 12)
E o dragão de 7 cabeças e 10 chifres que é visto no céu em Apocalipse 12:3-4 – cuja cauda levava após si a terça parte das estrelas do céu, e as lançou por terra – batalhará.

“E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;” Apocalipse 12:7

Apocalipse 12:8-9
“Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.”  (eis o derrubar por terra a alguns do exércitos…)

E diz:
“E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.” Apocalipse 12:10-11

E diz:
“Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.” Apocalipse 12:12

(Notemos: o tempo de angústia – qual nunca houve desde que houve nação até aquele tempo – é tão ANGUSTIANTE que diz: ai dos que habitam na terra e no mar, porque o Diabo desceu a vós tendo grande ira sabendo que já tem pouco tempo)

Diz mais:
“E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.” Apocalipse 12:13-14

Quando o dragão (Satanás) vê que fora lançado na terra, persegue a mulher (a igreja), a qual foge ao deserto onde é sustentada por um tempo, tempos e metade de um tempo [fora da vista da serpente]. 

Então, a batalha no céu se dá em resposta às atitudes, às ações, ao engrandecer-se até o céu, e ao proferir palavras e blasfêmias – da ponta mui pequena; quando então se levantará Miguel; e houve batalha no céu; e batalhavam Miguel e seus anjos contra o dragão, e seus anjos; mas não prevalecem, e foi precipitado o dragão, a antiga serpente, chamada Satanás e Diabo, ele foi precipitado na terra e seus anjos foram lançados com ele.

E quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher (igreja); e foram dadas à mulher duas asas de grande águia para que voasse ao deserto onde é sustentada por um tempo, tempos e metade de um tempo [ou 1260 dias – Apc. 12:6] fora da vista da serpente.)

Apocalipse 12:15-17
“E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar. E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca. E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.”

Em suma: Daniel 11 é outra narração da visão em Daniel 8 (e ambas são complementadas por parte de eventos do Apocalipse 12, quando trata do Dragão (que é visto no céu, cuja calda levou após si a terça parte das estrelas do céu e as lançou sobre a terra; o mesmo que é dito também sobre a PONTA MUI PEQUENA de Daniel 8, que se engrandece até o exército do céu e a ALGUNS DO EXÉRCITO E DAS ESTRELAS LANÇOU POR TERRA E OS PISOU – fechando CHAVES E ENIGMAS propostos em ambas visões (tanto Daniel 8 quanto Daniel 11) complementadas pelo Apocalipse 12. Amém!

A batalha celestial é uma visão complementar aos eventos a serem desencadeados no final dos tempos, os quais estão totalmente ligados ao engrandecer-se até ao exército do céu da Ponta mui pequena (em Daniel 8) e à abominação desoladora (em Daniel 8 e Daniel 11); que também estão relacionados ao levante de Miguel (o grande príncipe), no qual levante SE DARÁ NAQUELE TEMPO (diz Daniel 12:1); tempo esse referente à retirada do sacrifício contínuo para se estabelecer a abominação desoladora (Dan. 11:31) – no qual período, haverá um tempo de angústia qual nunca houve desde que houve nação. 

É nesse tempo que se dará a batalha celestial, na qual batalha, o dragão (a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás), ele e seus anjos batalham contra Miguel e seus anjos, mas não prevalecem e são precipitados na terra; onde há até um alerta aos habitantes tanto da terra quanto do mar, devido ao dragão (ter sido precipitado sobre a terra, e seus anjos c/ ele); e ao ver-se na terra, o dragão se ira contra a mulher e a persegue.

E são dadas a mulher duas asas de grande águia (Êxodo 19:4) para que voasse ao deserto, fora da vista da serpente, onde é sustentada por um tempo, tempos e metade de um tempo.
Ou seja, 1260 dias (Apocalipse 12:6)

Esse período: “tempo, e tempos e metade de um tempo” no qual a mulher foge ao deserto, fora da vista da serpente, e é sustentada, equivale-se a 3 anos e meio; ou 42 meses, ou exatamente a 1260 dias. (Apocalipse 12:6)
São basicamente três anos e meio. Tempo em que a besta de Apocalipse 13 receberá poder para continuar. (Apc. 13:5)

E tempo também da ponta pequena de Daniel 7:25 – a qual proferirá palavras contra o Altíssimo; e destruirá os santos do Altíssimo; e cuidará em mudar os tempos e a lei, e eles serão entregues na sua mão por um tempo, tempos e metade de um tempo.

Esse é o período da grande tribulação – alertada por Cristo em Mateus 24, e Marcos 13 e Lucas 21 (Mat. 24:15) a qual prevalece por 1290 dias (Dan. 12:11); e se encaixa exatamente na 70ª semana de Daniel 9 (na sua 2ª metade); bem no versículo de Daniel 9:27.

Quando está determinado a se haver um PACTO com muitos por uma semana (de anos): 7 anos; e na metade da semana será TIRADO O CONTÍNUO SACRIFÍCIO (o mesmo sacrifício contínuo falado da ponta mui pequena (de Daniel 8:11) e o mesmo falado também em Daniel 11:31, para se estabelecer a ABOMINAÇÃO DESOLADORA. (todos esses versos falam de um só evento).

E Daniel 9:27, diz que NA METADE DA SEMANA, ele fará CESSAR O SACRIFÍCIO E A OFERTA DE MANJARES, e sobre a ASA DAS ABOMINAÇÕES, virá o ASSOLADOR, e isso até a consumação, e o que está determinado será derramado sobre o ASSOLADOR.

Em suma: a Ponta mui pequena (de Daniel 8) é também o homem vil (de Daniel 11:21) que virá caladamente e tomará o reino com engano; o qual tirará o contínuo sacrifício estabelecendo a abominação desoladora. (Dan. 11:31)

Abominação desoladora que em Mateus 24:15 – é o ESTOPIM da GRANDE TRIBULAÇÃO, a qual trará então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. (Mat. 24:21)
E que há de ser estabelecida pelo PRÍNCIPE QUE HÁ DE VIR, o ASSOLADOR, determinado a vir durante a 70ª semana da profecia de Daniel 9 (Dan. 9:27) e que é o ANTICRISTO!

Aquele que São Paulo alerta na carta a Tessalônica: que se assentará como Deus no templo de Deus, querendo parecer Deus. (II Tes. 2:4)

E diz:
“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade.” (II Tes. 2:9-12)
Amém!

 Resumo :
As proezas dessa ponta mui pequena se engrandecendo numa VERTICAL: Até o exército do céu, e a alguns do exército e das estrelas deita por terra e os pisa. (Dan. 8:10) E se engrandecendo até o Príncipe do exército… (Dan. 8:11)
Tais eventos – que jamais foram verificados em qualquer outro império mundial na história – se assemelham à profecia relatando a soberba de Satanás (e sua queda) quando intentava subir acima das estrelas do céu e ser semelhante ao Altíssimo. (Is. 14:13-14 – Ez. 28:2-3)

Algumas questões

Por que a visão de Daniel 8 (que aborda os impérios: Medo-Persa e Grécia) ao citar a ponta mui pequena, a interliga a uma transgressão assoladora, que contrasta-se e opõe-se ao santuário e o sacrifício contínuo ??
– Resposta: porque ela está relacionada a Israel e Jerusalém; e crescerá a Terra Formosa. E não só isso, também cresce muito ao sul e oriente (leste).

Por que a visão só fala de 2 impérios mundiais e da ponta mui pequena ??
– Resposta: porque tais poderes se cumprem durante as respectivas 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus – e porque a ponta mui pequena será também um poder mundial !

Por que a ponta mui pequena além de crescer-se no mundo e sobre a terra formosa, também se engrandece até o exército do céu, ao Príncipe do exército; e a alguns do exército e das estrelas deita por terra e os pisa?
– Resposta: porque será um poder mundial e também sobrenatural: é o anticristo!

Por que esse poder mundial tirará o contínuo sacrifício, lançando por terra o lugar do seu santuário?
– Resposta: porque sitiará Jerusalém, se apoderando da cidade e do templo, pisando a cidade santa por 42 meses. (Apc. 11:1-2 – Apc. 13:5)

Por que esse poder mundial lançará por terra a verdade, fará isso e prosperará?
– Resposta: porque assim está escrito: o anticristo virá enganando o mundo, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem, e por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, e sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade….

Entendendo a visão das 2300 tardes e manhãs

( última alteração – 17/09/2017 )

<  Estudo anterior

DANIEL 7

Próximo estudo  >

2300  TARDES E MANHÃS

32 comentários em “Daniel 8”

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      Cremos que o Apocalipse é visão futura, específica dos fins dos tempos, e especialmente referente à 70ª semana determinada sobre Jerusalém e os judeus!
      Da qual semana, tudo o que nela está demarcado será cumprido.
      E o Apocalipse nos capítulos 8 ao 19, nos retrata em sua maioria tudo há de acontecer durante essa 70ª e ultima semana da profecia!

      Abraços e obrigado pela visita!
      E em havendo dúvidas ou questões com relação a nossos estudos e as profecias, por favor, nos comunique.
      Paz!

      Jefté

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