As 70 Semanas de Daniel


As 70 semanas determinadas 

Bom, para bem compreendermos a profecia das 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus, necessita-se primeiramente entender e levar em conta o que a Lei diz quanto a Jerusalém e os judeus; e também atentar à época e a condição que Jerusalém se encontrava quando esta profecia lhe fora promulgada: pois estava destruída, com inúmeros judeus mortos, outros tantos dispersos por vários países e ainda outros tantos cativos na Babilônia, expulsos da terra de Israel. 

E foi nesta condição: de estar Jerusalém destruída (e também rejeitada por Deus) é que Deus provê aos judeus estas 70 semanas determinadas sobre a cidade santa!

Resumo da profecia: 
Devido à desobediência e rebeldia dos filhos de Israel, suas doze tribos que formavam único reino, foram divididas em dois: reino de Israel, a norte (englobando dez tribos) e reino de Judá, ao sul (com duas tribos), e apenas o reino do sul (Judá) permanecia ainda governado pelos descendentes do rei Davi.

E o Reino do Norte (Israel) devido a seu pecado é desapossado da terra (a mando do Senhor) pelos reis da Assíria, e transportado a outras nações. (II Rs. 17:17-18 – II Rs. 17:23-24) 
Depois também, o reino de Judá (por pecado e rebeldia) é rejeitado, e Jerusalém e o Templo são destruídos. (II Rs. 23:27)

“E queimou-se a casa do SENHOR e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém, e todas as casas dos grandes queimou. E todo o exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda, derrubou os muros em redor de Jerusalém.” (II Rs. 25:9-10)

E milhares de judeus caem pela espada e pela fome, outros tantos são dispersos por outras nações, ficando na cidade destruída, somente os mais pobres de entre o povo. (II Reis 25:12)

E à Babilônia são também levados milhares de judeus cativos. (II Reis 25:11 – Jer. 52:26-30) 
Segundo a palavra do Senhor, por boca de Jeremias, esse cativeiro na Babilônia havia de perdurar-se por 70 anos. (Jer. 25:11, 29:10) 

E os 70 anos (do cativeiro na Babilônia) só tem início após a completa destruição de Jerusalém pelos caldeus, fato que ocorre-se apenas no 19º ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia – quando os caldeus invadem Jerusalém destruindo-a.

Passados os 70 anos, a Babilônia é invadida e conquistada por Medos e Persas, então, o rei da Pérsia, Ciro (no seu 1º ano de reinado) lança um decreto, por ordem Divina, convocando os judeus todos o retorno à pátria, e à Jerusalém, a fim de se edificar o Templo do Senhor e a cidade. (Esd. 1:1-3)

Assim que (somente após cumpridos os 70 anos no cativeiro babilônico, nos quais 70 anos também se cumpriria a desolação da cidade, e o repouso da terra (pelos mesmos 70 anos) é que então, o profeta Daniel estava por suplicar a Deus devido aos pecados de seu povo e a desolação de Jerusalém (Dan. 9:1-23); e o Senhor, lhe responde por meio de um anjo, trazendo-nos a profecia para estabelecer: as 70 semanas determinadas sobre Jerusalém e os judeus: Daniel 9:24.

Essas questões todas ocorridas na dispersão dos judeus; e destruição de Israel, Jerusalém, e demolição do templo, e a morte e dispersão dos judeus, e sua aflição em qualquer lugar do planeta – é parte do cumprimento da Lei aos judeus – no que diz respeito a sua desobediência à Lei!

A Cidade Santa

Outro fator que se necessita entender é que Jerusalém, cidade escolhida amada por Deus na Lei (I Reis 11:32b – II Reis 21:4 – Deut. 16:5-6), passou-se a ser a cidade rejeitada! (II Reis 23:27)

E isso é fundamental para se compreender a abrangência da profecia. 

Principalmente, porque ao ter sido ela rejeitada e destruída a mando do Senhor: é nesta condição (de rejeição) e situação (destruição) que a cidade, outrora escolhida e amada, mas doravante rejeitada e também destruída, recebe de Deus, Sua determinação e sentença quanto a si70 semanas (de anos) foram determinadas sobre Jerusalém (a cidade santa) e os judeus: não mais não menos.

Isto significa que Jerusalém não é a cidade santa por si mesma, e por sua localização, e/ou durante toda a sua existência
Não

Estão determinadas sobre a cidade santa Jerusalém unicamente 70 semanas (de anos) da parte de Deus quanto a si; e todos os acontecimentos proféticos relacionados à esta cidade santa dizem respeito unicamente a esse período (de 70 semanas de anos) que o Senhor Deus lhe determinou; porquanto Deus é Quem estabelece e determina as coisas, e não os homens.

E fora da vigência dessas 70 semanas de anos determinadas, Jerusalém passa a ser apenas uma cidade comum, não representando absolutamente nada!  E até mesmo rejeitada! (devendo-se ser até destruída!)
Pois essa fora sua última condição quando (e antes) de Deus lhe determinar as 70 semanas.

E nesses últimos 1900 anos que se passaram desde a morte de Cristo na cruz do Calvário, e a conseqüente destruição de Jerusalém em ano 70 d.C., várias e várias vezes Jerusalém foi invadida, ocupada, saqueada e tomada por outros povos.

No entanto, nada do que se ocorrera durante todo este período esteve sob profecia, ou importava a Deus; porquanto exatamente nesse período, era Jerusalém a cidade rejeitada, fora dos desígnios do Senhor (e, portanto, conseqüentemente fora das 70 semanas de anos por Deus determinadas)!

Pois, em verdade, Jerusalém já houvera sido rejeitada ainda na lei, no tempo do rei Josias (II Reis 23:27) antes mesmo da destruição de Nabucodonosor.

E agora (em ano 70 d.C.) tal como outrora, sua rejeição não se dera por conta da sua destruição (pelo império romano); mas, sua destruição se dá devido à rejeição, e essa, advinda pela descrençao não reconhecimento do povo em Israel (ao tempo de Sua visitação) pelo Messias – prometido-lhe na Escritura, culminando-se na crucificação a seu Rei: Cristo, exatamente em Jerusalém. (Luc. 13:33 – Luc. 19:44)

A Profecia

Daniel 9:24-27:
– “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos.

 – Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 

– E depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias, e não será mais e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação e até ao fim haverá guerra estão determinadas assolações.

– E ele firmará um concerto com muitos por uma semana e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a consumação e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” –

Cada semana da profecia se
equivale a 7 anos

Em Levítico 25:8 – Deus institui aos judeus (ainda no deserto) a demarcação e guarda das semanas de anos (cada semana de ano equivalendo-se a 7 anos).  Razão pela qual o termo: semana (“conjunto de sete“) no Velho Testamento pode corresponder-se a dois sentidos: 7 dias ou 7 anos, dependendo da situação e contexto apresentado. Por isso, as semanas de anos já eram conhecidas, utilizadas e contabilizadas pelos judeus; pois na lei, Deus lhes determinara semeadura na própria terra, somente por seis anos consecutivos, e, o ano sétimo, a terra, pela lei, também deveria descansar obrigatoriamente – sábado da terra.

Também (na lei) é instituído o ano do jubileu, quando Deus lhes determina que eles contassem sete ciclos de sete anos (ou seja, 7 semanas de anos totalizando 49 anos) para no ano seguinte, o qüinquagésimo ano, se celebrasse o ano do jubileu – quando todo o judeu que se tornara servo de outrem, fosse libertado da sua servidão; e o judeu pobre que vendera sua propriedade a outrem (judeu ou estrangeiro), retornasse a sua propriedade, pois tinha possessão perpétua da terra, ordem de Deus na lei. (Lev. 25:23-28)

Então, se pela lei, os judeus tinham seu descanso obrigatório no 7º dia da semana (o sábado); a terra, por sua vez, tinha também seu descanso obrigatório ao 7º ano de cada ciclo de 7 anos (de cada semana de anos); e só cultivavam-na durante seis anos, e, todo o ano sétimo era o descanso da terra:  “sábado da terra”, “ano sabático”; e só se comeria a novidade do campo. (Lev. 25:3-4)

Isso é para mostrar que há na lei e pela lei um tratado entre Deus e os judeus quanto a guarda e contagem das semanas de 7 dias, como também das semanas de anos (7 anos) – e os judeus bem o sabiam.
Assim diz a lei:
“Porém ao sétimo ano haverá sábado de descanso para a terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo nem podarás a tua vinha.” (Lev. 25:4 – Lev. 25:6)

Digo isso para mostrar que as 70 semanas determinadas (contendo 7 anos, e não 7 dias) não era um termo inusitado, fora de uso e costume e desconhecimento entre Deus e os judeus; pois nas Escrituras, tanto Deus quanto os homens na antiguidade já se utilizavam do termo “semana” nesses dois sentidos (7 dias / 7 anos).

De maneira que Daniel 9 se contabilizam as determinadas 70 semanas (de anos) não por serem semanas proféticas, não! 

Mas por causa da própria situação e contexto que Jerusalém se encontrava (à época dessa profecia); pois a ordem da restauração da cidade fora dada (mas Jerusalém estava destruída), e não se constrói cidade alguma, da noite p/ o dia, ainda mais nos tempos antigos, e com o povo todo do país e da cidade disperso; daí perfeitamente se entende que as 70 semanas determinadas na profecia, necessariamente eram semanas de anos (e não de dias) devido a situação.

( Há também um outro registro envolvendo as semanas de anos entre um tratado de Jacó e Labão [por Lia e Raquel] – o mesmo termo (semana) é utilizado referindo-se a sete anos; quando Jacó se oferecera a trabalhar para Labão, 7 anos para obter sua filha menor, Raquel (e Labão lhe engana dando-lhe Lia, em vez de Raquel, ao término dos 7 anos); depois então, Jacó trabalharia mais uma semana de anos para Labão – agora por Lia (para se obter Raquel) – e foram outros sete anos. (Gênesis 29:27)

E, outro fator a se requerer de cada semana da profecia a se equivaler a 7 anos, é devido a (não somente Jerusalém estar destruída c/ o povo todo disperso noutros países) mas também por ser determinado que o Messias, o Príncipe, lhe ser cortado (em Jerusalém) após 7 semanas e 62 semanas (a partir da ordem de sua edificação em época do império persa / Dan. 9:25-26); neste caso, tanto a cidade quanto o santuário (templo) deveriam estar concluídos (1 ano e 4 meses após a ordem da edificação da cidade para que o Messias lhe viesse) – se as respectivas 70 semanas fossem de 7 dias. (Dan. 9:25-26) 

Porque 7 semanas + 62 semanas (de dias) perfazem exatos 483 dias ou 1 ano e 4 meses. Sendo praticamente impossível se edificar cidade alguma em tão curto espaço de tempo. Só pra ter idéia de tal empreendimento; o templo judaico edificado por Zorobabel e Jesuá (após a deportação dos judeus à Babilônia, e seu conseqüente retorno à Jerusalém, a mando do rei persa, Ciro) gastou-se 46 anos na conclusão da obra. (Jo. 2:20)

E havia na profecia outra premissa deveras importante determinada

E havia na profecia outra premissa deveras importante determinada a cumprir-se sobre a cidade santa no marco final das 7 semanas + 62 semanas (a partir da ordem de sua edificação) na época do império persa: o Messias: não no seu nascimento, mas na Sua morte.

Ou seja, o Messias (Cristo) conforme vemos a história, após ter nascido, crescido, vivido em Israel, e pregado seu evangelho – aos 33 anos – deveria estar sendo cortado, em Jerusalém (se cada semana da profecia se equivalesse a 7 dias) 1 ano e 4 meses após a ordem de Ciro (no império medo-persa) para que Jerusalém e o templo fossem edificados. (Esd. 1:1-3 / Dan. 9:25-26)

Ora, só pra dar outra noção quanto a realidade dos fatos: quando Esdras recebera autorização do rei Artaxerxes para subir, de Babilônia a Jerusalém: somente sua viagem c/ mais 1700 homens só para deslocar-se de Babilônia à Jerusalém, levou-se 4 meses no percurso. (Esd. 7:9)

E a edificação do templo e da cidade em mesma época (Zorobabel, Esdras e Neemias), se dera em tempos trabalhosos, conforme ditava a profecia; e a edificação do templo consome 46 anos (João 2:20); por isso é que a própria profecia insere a seguinte divisão no período (desde a ordem de sua edificação) até o Messias em: 7 semanas + 62 semanas; de maneira que as primeiras 7 semanas (49 anos) são consumidas basicamente na edificação do templo e da cidade; depois passar-se-iam ainda mais 62 semanas de anos (434 anos) até que o Messias lhe fosse cortado, ou seja, morto, em Jerusalém. (Dan. 9:25-26)

Essa profecia estabelece que a ordem de se edificar a Casa do Senhor em Jerusalém, emitida por Ciro (no  retorno judaico do cativeiro babilônico) saiu-se precisamente a 450 anos antes que o Messias (Cristo) nascesse em Belém da Judéia; e, considerando-se a morte de Cristo aos 33 anos, precisamente a 483 anos de sua Crucificação no Calvário.

Outro fator ainda é que, o próprio anjo profeticamente estabelece e divide o tempo da edificação do templo (e da cidade) do período que ainda haveria de passar-se até o Messias, quando diz: desde a saída da ordem p/ restaurar e edificar Jerusalém até o Messias, o Príncipe. Assim temos:

  • 7 semanas (49 anos)  – p/ se restaurar e edificar o Templo e Jerusalém.
  • + 62 semanas (434 anos) – até o Messias, o Príncipe.
  • após as 62 semanas – o Messias é cortado (e não se contabiliza a 70ª semana)

Porque, na verdade, a cidade e o templo deveriam estar devidamente restaurados, edificados e preparados, e também o povo, para que, a cumprir-se o tempo estabelecido na profecia para que o Messias lhes viesse, se pudessem recebê-Lo… e ouvi-Lo… e crê-Lo.

Por isso mesmo é que, após o retorno dos judeus e seu devido restabelecimento em Jerusalém e nas demais cidades em Israel, houve-se grande silêncio da parte de Deus p/ com o seu povo (judeus) e passaram-se aproximados 400 anos sem que se houvessem profecias e sem haver-se profetas, desde os últimos a existirem em Israel: Ageu, Zacarias e Malaquias.

Até que se cumprisse o tempo estabelecido na própria profecia, de se haverem os tempos trabalhosos, angustiosos até a manifestação do Messias, precedido (também por profecia) pelo último profeta da lei: João Batista, que pregou o batismo do arrependimento no deserto da Judéia p/ que se recebessem AQUELE que, após ele, havia de vir: a saber: o Messias – o Filho de Deus – de cujas alparcas (disse), ele não era digno desatar.

Também neste aspecto há outro paralelismo entre Cristo e Moisés; quando os filhos de Israel estavam no Egito, antes de Moisés os libertar, houve aproximadamente 400 anos de silêncio do Senhor p/ com eles; e foram afligidos e escravizados no período; o mesmo se sucede em Israel na época dos últimos profetas do Velho Testamento; há grande silêncio da parte do Senhor p/ com seu povo, e não houve profeta algum pelos 400 anos que se seguiram até aparecer João Batista batizando o povo, e anunciado-lhe que o tempo já era vindo: a saber, o Messias. E neste mesmo período, os judeus também foram afligidos e dominados por todos os impérios em vigência nos 400 anos que se seguiram, desde a época de Zorobabel, Esdras e Neemias até Cristo; sendo que, na própria Vinda, Vida e Ministério do Messias, a Palestina se encontrava impregnada das legiões romanas.

Quando se iniciam as 70 semanas (de anos) ?

O texto mostra claramente quando as 70 semanas de anos deveriam se iniciar: 

“… desde a saída da ordem para restaurar e para edificar a Jerusalém …” (Dan. 9:25a)
A ordem para restaurar e edificar Jerusalém é dada no primeiro ano do rei da Pérsia, Ciro. (Esd.1:1-3)

Esta foi a ordem de restaurar a cidade; pois além de ter partido primeiramente de Deus p/ a edificação do Templo do Senhor em Jerusalém, também já era a própria restauração da cidade; e a principal âncora de sua edificação; porque foi através dela, que os judeus, até então expulsos da terra de Israel (por Deus) e proibidos do retorno, novamente são convidados e ORDENADOS (por Deus através do rei persa) ao retorno à pátria, Israel; e edificarem tanto o templo quanto a cidade (até então destruídos). E no livro do profeta Ageu se nos mostra que, enquanto os judeus já habitavam em suas casas todas já forradas; o Templo permanecia inacabado, e Deus exorta-os com os profetas Ageu e Zacarias, a crerem-No, e a se empenharem e se esforçarem na edificação e conclusão da obra na casa do Senhor. (Ageu 1:2-9) 

E tanto em II Crônicas 36:21-23 quanto Esdras 1:1-4 se nos diz que:
 “despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o Seu povo, o Senhor Deus seja com ele, e suba”.

Outro ponto primordial nesta questão, é que foi sob essa mesma ordem de Deus através de Ciro – que os judeus cativos (depois de 70 anos na Babilônia e demais países, proibidos do retorno à terra) puderam voltar a Jerusalém e Israel, nessa ORDEM (pois antes Deus lho não permitira – estavam sob castigo), e foi o Senhor quem os expulsara (também através de outros reis); e tal permissão, tal ordem de se retornar a pátria, só viera justamente quando se completara o cativeiro de 70 anos, o qual Deus estabelecera por boca de Jeremias (Jer. 29:10); então, cumprido o tempo estabelecido, o Senhor não só o permite, como também o ORDENA, com Ciro.  (II Cr. 36:21-23 – Esd. 1:1-4)

Assim, a ORDEM de Ciro, parte primeiramente de Deus, conforme dita a Palavra de Deus: 
“E edificaram e terminaram a obra conforme ao mandado do Deus de Israel, e conforme ao decreto de Ciro e Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia.” (Esd. 6:14b)

Também, o Edito de Ciro proclamando liberdade aos judeus (a fim de subirem a Jerusalém e edificarem o Templo e a cidade) a término do cativeiro, já era uma outra profecia de Isaías, a se cumprir com Ciro; o qual (mesmo não conhecendo ao Senhor) era quem daria a ORDEM para que: Jerusalém fosse edificada; e o templo fundado; bem como libertaria os judeus do cativeiro e do exílio, a fim de se retornarem à pátria – Israel. (Is. 44:26 – Is. 44:28 – Is.45:1-5 – Is. 45:13)
Fato verdadeiramente cumprido no edito de Ciro. (Esd. 1:1-4)

E outra questão também é que a mesma congregação – composta por mais de 42 mil judeus e 7 mil servos (Esd. 2:64-65) – que sobe de Babilônia a Jerusalém, junto a Zorobabel e Jesuá para edificarem o templo do Senhor, no primeiro ano do rei da Pérsia, Ciro, é também a que, desde então, a habita e a edifica.

E não Neemias (que era camareiro do rei Artaxerxes – 3º rei persa após Ciro) e que ao subir a Jerusalém no 20º ano de Artaxerxes; época quando os judeus já habitavam Jerusalém a tempos, e o templo já era concluído; porquanto, Ciro já houvera reinado na Pérsia; Artaxerxes já reinara também (houveram dois reis Artaxerxes) e depois Dario; e agora, época de Neemias, era um outro Artaxerxes (que já se contava o 3º rei persa, depois de Ciro); completando-se quatro reis persas a contar de Ciro – e quando Neemias chega a Jerusalém, a cidade já era edificada, e os judeus já habitavam-na a mais de 70 anos (pois o Templo se acabara no  ano de Dario). 
E, em lá chegando (ano 20º de Artaxerxes) Neemias edifica os muros de Jerusalém; e esta obra da edificação dos muros se conclui em apenas 52 dias.  (Nee. 6:15)

Por que não se apoiar na cronologia secular ?

Ora, a vasta maioria dos estudiosos considera que a ordem apontada na profecia (Daniel 9:25) quanto a restauração de Jerusalém não seria o Edito de Ciro, no seu primeiro ano de reinado na Pérsia; mas sim, a permissão do rei Artaxerxes (no seu 20º ano de reinado) à subida de Neemias a Jerusalém. (Nee. 2:1-8)

E eles o fazem por se apoiarem primeiramente na cronologia secular, porquanto ela estabelece o 1º ano de Ciro datando-o por volta de 536 a.C., enquanto que (também para ela) a permissão de Artaxexes, se daria no ano 455 a.C. (ou 457 a.C.)  Então, conforme a cronologia secular, a ordem de Artaxexes é a que a profecia aponta, pois ela “coincide” ao cumprimento “exato” da mesma (conforme a cronologia secular).

Acontece que, em se tratando de profecia e do entendimento da mesma, jamais se pode apoiar na cronologia secular, ainda mais que fora desenvolvida e contabilizada apenas no século II depois de Cristo; e não há prova alguma sustentável na história para fundamentar sua precisão e suas datas cronológicas e/ou acontecimentos; a não ser as supostas olimpíadas gregas que se realizavam a cada quatro anos, mas não se tem prova real de sua constância e realização; e tampouco sua sincronia com os relatos históricos.

Logicamente que a cronologia secular do período Persa e Babilônico não está nem um pouco correta, muito menos precisa; e, além de ter sido feita algumas centenas de anos mais tarde, por um astrônomo, não houve parâmetro algum confiável para a sustentar, embora os estudiosos (em maioria esmagadora) a acatem, considerando-se o ano 20º de Artaxerxes como sendo o foco central da profecia (segundo eles, a 455 anos a.C.)

Mas não é assim, o primeiro ano de Ciro não é em 536 a.C. (como sustenta a cronologia secular, e a maioria acredita), o primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, se dá exatamente a 450 a.C. quando foi emitida a ordem da restauração de Jerusalém.


Por que digo isso?
– Porque o verdadeiro respaldo da profecia e o entendimento da mesma, está na própria profecia; a saber: a ordem da restauração de Jerusalém é emitida a 483 anos antes da morte do Messias; 7 semanas de anos (49 anos) + 62 semanas de anos (434 anos) totalizando-se 483 anos até que o Messias fosse cortado em Jerusalém.

E conseqüentemente a 450 anos antes de seu nascimento (porque sabemos: Jesus é crucificado aproximadamente aos 33 anos de idade), pois conforme o evangelho, Jesus quando batizado, começava a ser de quase trinta anos, e seu ministério dura aproximadamente 3 anos. (Luc. 3:23)

Quanto a permissão de Neemias:
E, corroborando nesse sentido, vemos que a permissão que Artaxerxes deu a Neemias (no seu 20º ano de reinado) para que subisse a Jerusalém e edificasse seus muros (apesar de ser considerada pela maioria dos estudiosos como a âncora referencial da profecia), nada há de relevante em sua emissão e execução, pois a cidade e o templo já estavam edificados…

E Neemias, ao chegar a Jerusalém a fim de reconstruir seus muros, que até então eram fendidos (Nee. 1:1-4 – Nee. 2:4-5); sua obra de edificação dos muros em Jerusalém (Nee. 2:17-18), se acaba em apenas 52 dias. (Nee.  6:15-16)

Depois, no ano 34º de Artexerxes, Neemias novamente volta a Babilônia, conseguindo nova licença do rei, e retorna a Jerusalém. (Nee. 13:6)  E, sua principal obra foi a de bem governar os judeus atentando em conduzi-los à lei do Senhor seu Deus.

Nosso Calendário

Também vemos o próprio calendário da Era cristã, que tem como Marco Histórico o nascimento de Cristo e o longo período de domínio do império romano; portanto muito mais recente e de melhor respaldo, devido aos historiadores do império romano; no entanto, esse calendário é posto em dúvida pelos próprios críticos e estudiosos, que consideram-no inexato; porém acreditam piamente na fidelidade de um calendário anterior a Cristo. Ora, se não se fiam às datas posteriores ao nascimento de Cristo, o que dirá então da fidelidade em datas prefixadas nos tempos anteriores a Cristo?? Como podem duvidar das datas fixadas depois de Cristo, e acreditar piamente na precisão das anteriores??

Quanto a isso cito um pequeno trecho de um site abordando tal assunto (que considero interessante):

“Os pesquisadores críticos costumam a afirmar que Jesus provavelmente nascera no ano 6 a.C. ou talvez até antes. Tal afirmação se baseia na informação fornecida por Flávio Josefo, de que Herodes morreu no ano 4 a.C. Considerando que Herodes teria ordenado matar as criancinhas de até dois anos de idade, isto levaria alguém a conjecturar que o nascimento de Cristo se deu entre os anos 5 e 6 a.C.

As obras de Josefo que nos interessam aqui são “A Guerra Judaica” e “Antiguidades Judaicas”, as quais compreendem o período que vai de 170 a.C a 70 d.C. Embora muitos pesquisadores confiem totalmente em Josefo, suas obras contêm muitos erros e discrepâncias, que podem ser atribuídas ao próprio Josefo, ou ainda pelo fato de que na Idade Média existiram dúzias de manuscritos das suas obras, cada uma diferenciando significativamente das demais. De fato, um artigo sobre Josefo na “Grande Encyclopédie” de Ladmirault (publicada em Paris, em 1893) afirmava que ele era “orgulhoso, arrogante e pretencioso; alguém que falsificava a história em vantagem própria e que tratava os eventos muitas vezes de forma inadequada”. Várias edições críticas das obras de Josefo foram publicadas a partir de então (p.ex.: Niese, 1881; Reinach 1902-1932). Reinach chega a acrescentar comentários nos relatos de Josefo tais como “isto é um erro” ou “em outro livro…as coisas são diferentes…”[1]

Graças ao trabalho de Hughes de Nateuil, descobrimos que os críticos modernos estão equivocados. Pouco conhecido (ou divulgado) pelos pesquisadores modernos é que Josefo usou duas formas diferentes para datar a morte de Herodes e a interpretação da fonte que aponta o ano 4 a.C. é extremamente discutível. Em outra obra, ele chega a afirmar que Herodes morreu em 7 ou 8 a.C.”

(Extraído do site: http://www.veritatis.com.br/article/4688 – se alguém quiser ver toda a matéria). Ou: Clique aqui!

O Marco da Profecia

Acatamos inteiramente conforme os respaldos bíblicos mencionados, que a respectiva ordem apontada na profecia, referente a restauração e edificação de Jerusalém, foi emitida por Ciro, rei da Pérsia, precisamente a 450 anos antes do nascimento de Cristo (considerando que o Senhor tenha sido crucificado no ano 33 d.C.); sendo que, o Messias é cortado exatamente 483 anos a partir da ordem de Ciro; ou seja, 7 semanas + 62 semanas de anos (após a ordem de se restaurar e edificar Jerusalém): que totalizam 483 anos. Porquanto a ordem de Ciro para edificarem o Templo do Senhor em Jerusalém – já era a restauração da cidade…. (Dan. 9:25 – Esd. 1:1-3)

Como são divididas as 70 semanas: 7 + 62 + 1 (semanas)

Quando o anjo entregava a profecia determinando as 70 semanas sobre Jerusalém, ele faz a divisão desvinculando a septuagésima semana ao tempo da vinda do Messias.

Quando afirma: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, 7 semanas + 62 semanas…”  (Dan. 9:25)

Então, a profecia é que propõem divisões; a lacuna; e a seqüência de fatos profetizados nessas lacunas, a se cumprirem, quando diz: “Sabe e entende: desde a saída da ordem p/ restaurar e p/ edificar Jerusalém até o Messias, o Príncipe, 7 semanas e 62 semanas…” (totalizando-se 69 semanas).

(Ora, por aqui já se sabem dois marcos: Início da contagem na ORDEM de restaurar e edificar Jerusalém, até o MESSIAS se dariam 7 + 62 semanas.
Por aqui já se nos observa a divisão, e que o Messias não alcança a septuagésima semana, porquanto nela não se falou!

E, se desde a ORDEM da restauração e edificação da cidade (passar-se-iam 7 semanas + 62 semanas) até o MESSIAS (Dan. 9:25); e, depois das 62 semanas o MESSIAS é cortado (Dan. 9:26) – fica evidente que o Messias não alcança a 70ª semana, porquanto dela não se falou nem contabilizou; e desde a ORDEM de restauração até o MESSIAS se dariam 7 semanas + 62 semanas, após as quais é cortado o Messias.

E, o verso (de Daniel 9:26) se nos diz mais detalhes quanto aos MARCOS predefinidos na profecia: 
“E depois das 62 semanas será tirado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário; e o seu fim será com uma inundação, e até o fim haverá guerras, estão determinadas assolações.” (Dan. 9:26)

Então: Daniel 9:26
“Depois das 62 semanas será tirado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário”…

Reparemos:
Até agora, no verso de Daniel 9:26 – após o verso 25 relatar que desde a ordem da restauração de Jerusalém até o Messias, passar-se-iam 7 semanas e 62 semanas…

O verso seguinte (Daniel 9:26) nos diz que: depois dessas 62 semanas, o Messias seria cortado, mas não para si mesmo (até aqui não se fala da 70ª semana, mas já menciona o Messias sendo CORTADO…
E depois vem dizendo ainda que: 
“… e o povo do príncipe que há de vir destruiria a cidade e o santuário…

Reparem: o Messias é cortado (depois das 62 semanas) e a cidade e o santuário são destruídos (depois das mesmas 62 semanas) sem que a 70ª semana se computasse.
E ainda diz mais: “…e até o fim haverá guerras, estão determinadas assolações (final do versículo 26 de Daniel 9).
Só então se mencionará a 70ª semana com os eventos que nela se ocorrem: Daniel 9:27.

Assim, o próprio anjo é quem promove lacunas, quando afirma que desde a ORDEM para se restaurar Jerusalém até o MESSIAS, se dariam 7 semanas + 62 semanas (e não mais).

E depois das 62 semanas, o Messias seria cortado; e a cidade e santuário seriam destruídos (após as mesmas 62 semanas contabilizadas a se cumprirem até o Messias); mostrando verdadeiramente que a cidade e o santuário (destruídos, conforme a história, 37 anos após a crucificação), no entanto, tal evento (destruição da cidade e santuário) não se dá após a 70ª semana e última semana (que ainda não fora contabilizada e mencionada na profecia, tampouco informado o que nela se daria – nos versos 25 e 26 de Daniel 9); senão que, tudo o que se deveria ocorrer (crucificação, e destruição ao templo e à cidade), se cumprem após as 7 + 62 semanas que demarcavam o corte do Messias.

Assim sendo, até a II Guerra Mundial e a derrubada das torres gêmeas nos EUA ocorrem após as 62 semanas, e antes à 70ª SEMANA; ou seja, após o versículo 26 do capítulo 9 de Daniel, e anterior ao versículo 27 do mesmo capítulo.

Então, a lacuna existente a término das 7 + 62 semanas para a 70ª semana ESTÁ promovida pelo anjo que estabelece a profecia, devido a acontecimentos demarcados a se cumprirem durante as respectivas semanas proféticas em Jerusalém conforme suas subdivisões.

Mas, se a 70ª semana da profecia não fora contabilizada, até o Messias; nem fora relatado os fatos que nela se ocorriam (pois Daniel 9:25-26 não a menciona), mas a cidade e o santuário são destruídos; como então a 70ª semana da profecia sobre Jerusalém e os judeus poderia cumprir-se ?????
Há !!!

É justamente por essa razão que em 1948, os judeus (após cumprirem uma diáspora de 1900 anos), obtiveram o Estado de Israel, cedido pela ONU (após a 2ª guerra mundial), e também sua capital, Jerusalém, restando unicamente o Templo – que só deve ser reerguido mediante o Concerto estabelecido e profetizado em Daniel 9:27.

E é por essa mesma razão que em 1967, a parte oriental de Jerusalém (onde outrora se situava o templo) foi pelos judeus conquistada na Guerra dos Seis Dias.
Ficando apenas o local do templo, que não pôde ser tomado na guerra, a pertencer-se ainda aos árabes, muçulmanos.

Por isso é que hoje os judeus estão de posse à Jerusalém, para que a profecia se cumpra, pois é necessário que a última semana (de anos) da profecia se cumpra sobre Jerusalém e os judeus. 
Mas, como saber que não há mais lacunas a se cumprirem na 70ª semana da profecia??

Por causa do que diz:
“E ele firmará um concerto com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a consumação e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Dan. 9:27)

O Concerto inicia a 70ª semana:

Então, a 70ª semana da profecia se inicia num concerto (pacto) c/ muitos. 

(ora, é através do “CONCERTO com MUITOS” – que a 70ª semana da profecia se inicia (e não por alguma outra coisa qualquer).
E esse PACTO com muitos a iniciar a 70ª semana da profecia, deverá referir-se única e exclusivamente a Jerusalém e os judeus!

Pois as respectivas 70 semanas foram determinados a ambos!
Agora, pergunto: depois de quase 1900 anos parecendo-se não mais haver Israel, Jerusalém, e muito menos judeus dentro dela p/ que se houvesse qualquer acordo a se firmar – acaso hoje não existe tudo isso???
– Sim!

E o que faltaria a Israel, e a Jerusalém, e aos judeus (hoje) para serem IDÊNTICOS à época contemporânea a Cristo, e nas semanas de anos anteriores a Sua vinda???
– Ora, para que Jerusalém e os judeus se assemelhem aos tempos anteriores, só resta mesmo o templo judaico para se complementar o quadro profético.

Aí entendemos o verso em Daniel 9:27 – quando diz sobre determinado “Concerto a se firmar c/ muitos por uma semana” – sendo que “na metade da semana se fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares” (coisa que após Davi, só se realiza no templo), “e sobre a asa das abominações virá o assolador“.

Ora, por que o sacrifício e a oferta de manjares (os quais) hão de cessar na metade da 70ª semana demandariam a existência do Templo ???
– Porque, por ordem da lei, é unicamente no Templo (em local escolhido por Deus no Velho Testamento) que os judeus podem oferecer seus sacrifícios! (Êxodo 25:8 – Deut. 12:11 – I Reis 9:3)

Marcos que definem a 70ª semana

“E ele firmará um CONCERTO c/ muitos por uma semana,

e na METADE DA SEMANA fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares,
e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a CONSUMAÇÃO, 
e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Dan. 9:27)
Então, os dois MARCOS definidos na 70ª semana são:

CONCERTO que a inicia;
depois na SUA METADE, vem-lhe o assolador;
e isso, até a CONSUMAÇÃO.

Nota: Versículo baseado nas versões bíblicas ACF e ARC.

Gostaria de salientar que assim como a profecia determina 70 semanas, da mesma forma ela define em si os acontecimentos que se ocorreriam em Jerusalém durante as primeiras 7 + 62 semanas, até o Messias. (Daniel 9:25-26)

E também define-se o que se ocorre durante à 70ª semana; pois tudo o que está relatado emDaniel 9:27 terá seu cumprimento em Jerusalém, durante os 7 anos da respectiva 70ª semana assinalada, a saber:

  •         o pacto que inicia a semana (por 7 anos);
  •         o sacrifício e oferta de manjares cessados na metade da semana;
  •         o assolador vindo-lhe EXATAMENTE na metade da semana
  •         até a consumação (o fim); 
  •         e, o que está determinado sendo derramado sobre o assolador.

 Então, é neste respectivo período que se cumprem e se enquadram várias e várias profecias do Apocalipse. 
Como por exemplo, as 7 trombetas soando durante a grande tribulação.
O anticristo e a besta dominando o mundo por 42 meses (exatamente na metade da 70ª semana). Apc. 13:5 
A destruição da Grande Babilônia pelo mesmo anticristo, nesse mesmo ínterim. E a marca da besta sendo imposta!

O Senhor retorna em término da grande tribulação, ante a última trombeta, no último dia da 70ª semana (aliás, Ele é quem finda a 70ª semana); de maneira que sol, lua e estrelas não darão a sua luz, e as potências do céu se abalarão; então de súbito, ao som da última trombeta, aparece no céu o sinal do Filho do Homem c/ grande poder e glória; porque a trombeta soará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. 
Amém!

O que o anticristo fará: 
“E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei e eles serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.” (Dan. 7:25) 
“E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra.” (Dan. 8:11)

“E um exército foi dado contra o sacrifício contínuo, por causa da transgressão; e lançou a verdade por terra, e o fez, e prosperou.” (Dan. 8:12)
“E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses.” (Apc. 13:5) 
“E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.” (Apc. 13:6) 
“E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.” (Apc. 13:7) 
A término da Grande Tribulação, exatamente como afirmou Jesus; ou seja: “logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz…” (Mat. 24:29)

Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem c/ poder e grande glória p/ buscar a todos os seus escolhidos dos quatro cantos de uma a outra extremidade dos céus:  ARREBATAMENTO da igreja e a ressurreição. Amém!

Considerações:

Quando Jerusalém foi assolada pela Babilônia e os judeus estiveram em exílio e cativeiro por 70 anos, Ciro, rei persa, por ordem de Deus, lançou um decreto ordenando através de pregão e também por escrito, que os judeus (movidos por Deus) voltassem a Jerusalém a fim de reconstruírem o Templo. (Esdras 1:1-3)

A ordem primordial que dera início à contagem das 70 semanas foi a de: edificar a Casa do Senhor (Templo) e conseqüentemente também a cidade. E o templo acabou-se no sexto ano do rei persa Dario. (Esd. 6:15)

Ressalto isso, para evidenciar a permanente ligação da profecia das 70 semanas com o Templo judaico; pois da mesma forma que a primeira semana se iniciara pela ordem de Ciro referente à edificação do Templo do Senhor, no seu devido lugar em Jerusalém – dando início a contagem profética nesse edito. Dan. 9:25 – Esd. 1:2.

O mesmo se ocorre em relação à 70ª (e última) semana da profecia – o Concerto de uma semana a se firmar é mais que certo se referir à edificação do Templo do Senhor (hoje)em Jerusalém.(Dan. 9:27)

Por que o Senhor estabelece 70 semanas?

Bom, na verdade, o Senhor que compreende todas as intenções e imaginações do coração, deu esta profecia em resposta às súplicas de um homem que lhe invocava nas suas recamaras: Daniel.

Esse homem mui amado, que buscava ao Senhor quebrantado e com fé; depois de ter entendido nos livros do profeta Jeremias, que os anos em que se haviam de cessar as assolações de Israel e Jerusalém, eram de 70 anos; e o Senhor lhe responde que, verdadeiramente só se acabariam as assolações (não unicamente a judeus, a Jerusalém, mas a todos os filhos de Adão) definitivamente ao se findarem os 70 setes estabelecidos (as 70 semanas) juntamente c/ todo o mal e as conseqüências do pecado aos que esperaram e invocaram a Deus (de maneira que neste seleto grupo se encontram até os santos do passado, que morreram na esperança e fé em Deus).

E na verdade, estão determinadas as 70 semanas para:

Cessar a transgressão – isso se dará somente mediante a MORTE dos homens; a morte de todos os filhos de Adão: toda a carne de pecado – todos juntamente são mortos na Batalha do Armagedom.

Dar fim aos pecados – também da mesma forma, isso só se cumprirá no FIM DO MUNDO ao expirar toda a carne de pecado; todo filho de Adão; ou seja, é quando nesta terra se cumprir totalmente o que foi determinado por Deus em Gêneses, a sobrevir ao homem Adão, caso desobedecesse, a saber: “certamente morrerá“; sentença promulgada pelo Altíssimo a Adão, antes do pecado; sabendo que, somente após a morte de todos, é que o pecado – gerado na vida de todos e em todos – também tem seu término!  

Expiar a iniqüidade – quando for apagada e limpa – em todos os santos – toda a iniqüidade e maldade.
E trazer a justiça eterna – é quando o Senhor vier buscar os seus trazendo-lhes Seu galardão.
E selar a visão e a profecia – é quando tudo o que está determinado e já dantes ordenado, a cumprir-se, sobre toda a geração dos homens, nos seus tempos determinados e limites da sua habitação, tiver cumprido (neste mundo, e nesta vida) então a visão é selada; ou seja, cumprida! 
E ungir o Santíssimo – É quando o Senhor que tanto nos amou – e que jamais pôde sequer, por todos ser visto – ainda que alguns o vissem, na forma humana – vier c/ seu corpo glorioso p/ ser glorificado nos seus santos – II Tes. 1:10

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VISÕES DE DANIEL

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SEPTUAGÉSIMA SEMANA

21 comentários em “as 70 Semanas determinadas”

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    Responder
    • Olá irmão Issac Villa

      Paz!
      Obrigado pelo contato e elogio!
      Irmão, talvez não tenha deixado claro nos estudos, mas creio piamente na ressurreição dos mortos em Cristo Jesus, e conjunto a ela o arrebatamento da igreja ao toque da 7ª e última trombeta do Apocalipse.
      Só depois das 7 trombetas (as quais soam por 3 anos e meio na grande tribulação é que virá, após elas as 7 salvas da ira de Deus por um espaço de 45 dias, ao fim dos quais se dará então a Batalha do Armagedom, e nessa época não se haverá qualquer dos santos do Senhor sobre a terra, senão somente os ímpios e incrédulos a Cristo!
      A Batalha do Armagedom é o último evento do pecado nesta terra!
      E Cristo vem para vencê-la. É o cumprimento do Salmos 2 quando diz que do Filho: “Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.”
      E também é cumprimento de Daniel 2 – a pedra cortada sem mão a qual atinge a estátua (representante dos reinos desse mundo) nos seus pés, a esmiuçando por completo, e a Pedra que a esmiuça se torna numa grande montanha enchendo por completo a terra. Amém!
      Basta que o irmão, por favor, acesse esses estudos: https://estudosdofim.org/7a-trombeta/

      Paz, e muito obrigado pelo interesse e pelo contato!
      Jefté!

      Responder
    • Olá Isaac Villa
      Obrigado pelo comentário!

      Irmão, a ressurreição dos que dormem em Cristo e o arrebatamento dos santos se dará ao toque da última trombeta. (I Cor. 15:51-52) Já a Batalha do Armagedom, ela só ocorre após as 7 taças da ira de Deus, e é o último evento a ocorrer-se neste mundo de pecado com os homens, na qual batalha toda a carne há de expirar-se, na morte de todos os filhos de Adão.
      Na verdade, a batalha do Armagedom é o cumprimento literal do mandamento divino a ocorrer-se ao homem Adão por um todo, o certamente morrerás que se cumprirá de uma vez por todas a todos os homens, todos os pecadores, não restando um sequer nesta terra.
      Amém!

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